domingo, 19 de fevereiro de 2012

CULTURANDO: ELAINE OLIVEIRA

Nesta segunda matéria, escolhi alguém do segmento de cultura, e a entrevistada é Elaine Oliveira, que é atriz, escritora e vocalista da banda Insane Kreation!

Na entrevista, Elaine fala da divulgação do seu livro Da Depressão a Criação, projetos futuros e outras coisas mais!

Com vocês, Elaine Oliveira!

Por João Messias Jr.

Elaine Oliveira
Imagem extraída da Internet
UM DIA SEM ROCK: Elaine, você lançou em 2010 seu primeiro livro, chamado Da Depressão A Criação, passado esse tempo, como você avalia a sua repercussão?
Elaine Oliveira: A idéia de lançar um livro foi apenas para realizar um sonho e deixar meus textos registrados de alguma forma. Eu não esperava nada além disso, muito menos lucrar. Mas para minha surpresa, eu acabei vendendo praticamente a grande maioria dos exemplares de mão em mão a ponto de cobrir tudo o que investi para fazer o livro e ainda por cima lucrar com o mesmo. Quase dois anos depois ainda recebo email de pessoas querendo comprar um exemplar! Como trata-se de um livro de poemas e crônicas escritos por uma autora iniciante e ainda desconhecida, meu livro não teve nenhum destaque nas livrarias e muito menos na editora. Por isso eu mesma vendi meus livros de mão em mão, com o intuito de mostrar minha obra para várias pessoas. Algumas ficaram espantadas com o teor de alguns textos, mas outras simplesmente adoraram e se identificaram com o que escrevi. Eu nunca quis fazer uma obra só para agradar o público! Eu só queria ver meus textos publicados. E quando as pessoas gostam, melhor ainda!

UM DIA SEM ROCK: Qual a sensação de ter aquelas linhas escritas a mão que posteriormente foram materializadas e divulgadas ao público?
Elaine: A sensação é de muito alívio. Eu tenho uma porção de textos rabiscados em cadernos, pedaços de papel e bloquinhos, outros já digitados, outros perdidos no meio dos backups da vida... Meu grande medo era que tudo isso ficasse abandonado nas minhas coisas e ninguém tivesse a chance de ler. E se de repente acontecesse alguma coisa comigo? Então reuni apenas alguns desses textos e fiz meu tão sonhado primeiro livro.

UM DIA SEM ROCK: E como já faz um tempinho que lançou o primeiro livro, podemos esperar algo para esse ano?
Elaine: A idéia inicial era lançar um livro a cada ano, ou seja, eu deveria ter lançado o segundo em 2011, mas não tive tempo de me dedicar a todos os detalhes que envolvem o nascimento de um livro. Não é só selecionar os textos, mandar para a editora e lançar. São muitas coisas que precisam ser analisadas e revisadas com carinho e cuidado. E como eu pretendia fazer um livro mais interessante que o primeiro (livro + CD), acabei adiando até conseguir primeiro gravar o CD, que é o mais caro e complicado de tudo.

UM DIA SEM ROCK: Você é envolvida em muitos projetos, seja como escritora, atriz e vocalista de uma banda de Metal Extremo. Como é arrumar tempo para todos estes trabalhos e qual a importância de fazer coisas bem diferentes?
Elaine: Tudo tem a ver com o título do meu primeiro livro “da depressão à criação”. Quando não estou em atividade, em movimento, criando e sendo produtiva, me sinto como se estivesse em um buraco, só afundando. Desde pequena eu sempre gostei de desenhar, pintar, dançar, cantar, atuar, escrever. Já tentei ser normal, ter um emprego fixo, de segunda a sexta, horário comercial, tudo certinho. Mas nunca consegui ser feliz assim. Minha vida é e sempre foi fazer arte. A arte é minha cura. Quanto mais tempo eu estiver em contato com ela, mais feliz e livre da depressão eu me encontro. E com relação ao tempo? Não é nada fácil arranjar tempo pra fazer tudo o que a gente mais ama na vida, mas sempre dá para dar um jeitinho!

UM DIA SEM ROCK: E dentre todos esses trabalhos, já aconteceu alguma situação curiosa ou improvável?
Elaine: No mesmo ano em que entrei para a banda Insane Kreation, tivemos que fazer um show bem peculiar. O guitarrista trabalha em uma empresa onde todo funcionário que tem banda, grupo, dupla, enfim, alguma espécie de talento musical, é convidado a se apresentar na festa de confraternização. Até aí tudo bem. O problema é que 99% desses funcionários apresentaram músicas de estilos tais como: pagode, samba, MPB... E só nosso ilustre guitarrista apresentou sua banda de, não um pop/rock, não um rock n’ rollzinho bacana, mas sim uma pesada e barulhenta banda de Heavy Metal!!! Era hilária a cara do pessoal assistindo. Mas fazer o que? Tocamos e fomos aplaudidos! O importante ali naquela festa era confraternizar, não? [risos]

UM DIA SEM ROCK: E fazendo tantas coisas, você pensa em novos projetos?
Elaine: Minha cabeça ferve de projetos! Se eu tivesse dinheiro suficiente para investir em todas as maluquices que eu quero, eu estaria plenamente feliz. Só falta o dinheiro, porque gente competente para atuar nesses projetos eu conheço bastante. O duro é que só quem trabalha de graça é relógio, mas eu ainda vou, aos poucos, conseguir concretizar todas as birutices que pretendo!

UM DIA SEM ROCK: Nessa eu vou perguntar algumas coisas e quero a sua opinião a elas: Futebol, Expectativas para 2012, Cultura no Brasil e Stress Pós Moderno.
Elaine:
    • Futebol – Futebol, para mim é um assunto totalmente supérfluo. Até torço para um time, aliás, digo que torço, mas na verdade não acompanho campeonatos, não acompanho pontuações e distraidamente fico sabendo se ganhou ou perdeu. Não ganho coisa alguma com futebol. É algo que não me acrescenta utilidade. É apenas um passatempo, um divertimento, um esporte. Não levo a sério e nem discuto com torcedores de outros times. Só curto e pronto.
    • Expectativas para 2012 – Espero que este ano eu consiga realizar muitos projetos, trabalhar bastante e ter um reconhecimento bacana pelas coisas que eu faço. Espero também que o mundo não acabe porque eu ainda tenho muita arte para fazer nos anos seguintes! [risos]
    • Cultura No Brasil – A gente valoriza tanto o que vem de fora que acaba esquecendo de valorizar o que está aqui dentro. Mas o que é que está aqui dentro senão uma mistura louca de tudo o que vem de fora há mais de 500 anos? São muitas influências, muitos costumes, muitos ingredientes, muita mistureba... E ainda assim o interesse da população é só pelo que é superficial, de fácil assimilação. Questão de hábito. Ou a falta dele. A maioria dos brasileiros não adquiriram o hábito de ler, ir ao teatro, ir ao cinema. Entre gastar de cinco a cem reais em um livro ou um ingresso seja lá de qual espetáculo for, e gastar esse mesmo dinheiro em baladas, bebidas e um eletrodoméstico parcelado em 60 vezes nas Casas Bahia, claro que a segunda opção é a que vence. As pessoas reclamam de falta de acesso, falta de tempo e o elevado preço dos ingressos, mas não hesitam em atravessar a cidade para irem a festas, encherem a cara e gastarem metade do salário em noitadas e futilidades. Tudo é uma questão de vontade. Quer ler um livro, mas está sem dinheiro para comprar? Pegue emprestado ou vá a uma biblioteca. Quer ir ao teatro, mas acha longe e caro? Basta se informar dos espetáculos mais baratos ou até mesmo gratuitos em vários pontos da cidade. Quer ir ao cinema, mas reclama da falta de tempo? Na boa... Ninguém trabalha 24h por dia, todo santo dia. É só se programar e pelo menos um final de semana por mês reservar um tempinho para isso. Não é tão difícil assim. É lamentável esse tipo de comportamento já enraizado. Dá a impressão de que, na verdade, a cultura no Brasil se resume a arranjar desculpas para não se envolver com ela.  
    • Stress Pós moderno – Competitividade. Tudo ao nosso redor cheira a competição. A gente já nasce competindo com tudo e todos ao nosso redor. Qual é o bebê mais bonito, qual é o bebê que menos dá trabalho, qual é o bebê mais esperto... A gente cresce e se depara com as comparações na escola, nas brincadeiras, nas panelinhas, na capacidade de “ficar” com as melhores pessoas na adolescência, nas melhores notas, nas melhores classificações, na maior quantidade de medalhas e troféus, no melhor emprego, no melhor salário, no casamento mais bonito e bem sucedido de todos... Enfim... São muitas cobranças que encaramos a ponto de  tentarmos competir com nós mesmos. Acaba sendo uma busca invisível, já que não temos um juiz senão esse que olhamos no espelho todos os dias! Eis o reflexo de uma vida agitada, repleta de preocupações e deveres que inventamos. E se não damos conta de conciliar vida profissional e vida pessoal, certamente sofremos esse desequilíbrio chamado de estresse, que desencadeia tantas outras doenças e reações em nossos dias.
UM DIA SEM ROCK: Obrigado Elaine pela entrevista! Deixe uma mensagem para quem estiver lendo esta matéria!
Elaine: Eu é que agradeço, João! É sempre um prazer falar de assuntos tão interessantes em uma entrevista! E já que eu exagerei falando de cultura e os males da sociedade atual, a mensagem que eu deixo aos que estiverem lendo essas linhas é, primeiramente um “Muito Obrigado” por terem lido até aqui, rs! Continuem buscando sempre um meio de estar em contato com arte e cultura, seja fazendo, seja apreciando, mas nunca deixem a banalidade tomar conta de suas mentes. Leiam bastante, vão ao teatro, ao cinema, visitem parques e exposições. Levem amigos, eduquem seus filhos (não esperando que somente a escola o faça). Dediquem tempo, o mínimo que seja, para isso. E ainda que o mundo seja extremamente competitivo e acelerado, aprendam a curtir cada momento da vida sem a menor obrigação de fazê-lo. E para encerrar, eis a frase que sempre autografo em meus livros: “Nunca desistam dos seus sonhos, por mais utópicos que eles pareçam!”
Muito obrigada e fiquem à vontade para conhecer mais sobre o meu trabalho em http://www.elaineoliveirarte.com/.
Visitem também meus blogs:
http://www.elaineoliveirarte.wordpress.com/ – mais fácil de atualizar do que o site, [risos]
E http://www.comoserumbommarido.wordpress.com/ – dicas, experiências e curiosidades de como um relacionamento pode dar super certo hoje em dia.
Um grande abraço!

Da Depressão À Criação
Imagem extraída da Internet
DA DEPRESSÃO À CRIAÇÃO
Editora Giostri - Nac

Somos Humanos!

Lendo essas linhas eu penso que este lado humano de sentir as emoções está se extinguindo nas pessoas!

E nestes poemas, dividos nos anos de 2000 e 2010, as linhas traçadas no livro da nossa amiga Elaine mostram coisas que temos de fazer para atingir a nossa plenitude como pessoas, sejam elas boas ou não!

Da Depressão À Criação nos faz lembrar dos nossos medos, anseios de coisas que tinhamos e temos de enfrentar na nossa vida. E tudo aqui é descrito com sensibilidade e emoção, que por se tratar de algo pessoal em sua maioria é difícil de ser exposto com clareza, mas aqui a nossa amiga conseguiu, nos fazendo ler as páginas com prazer e nos fazedo chegar ao final e dizer " Já acabou?"

Cada um vai ter os seus momentos favoritos no livro, os meus são Mundo, que abre o livro, Sonho, Natal e O Preço da Vida, mas esse são os meus, e com toda a certeza você irá gostar não apenas destes, mas dos outros!

Da Depressão Á Criação é recomendado a todos que gostam de ler e principalmente a você que acha que a vida é estar no PC , tem como metas derrubar a tudo e todos em busca de promoções e que tem como lazer planilhas avançadas de Excel.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

TIRO LIVRE DIRETO: GOIANIA ESPORTE CLUBE

Goiania Esporte Clube (Logotipo)
Divulgação
Assim como o Rock, apreciar o futebol pode ser considerada uma forma de cultura. E quando adotamos essa prática, percebemos que NÃO podemos ficar lendo e escrevendo coisas sobre as equipes mais influentes do país.
Ainda mais num país tão grande como o nosso, que possui equipes de grande prestígio regional, como a equipe do Goiânia Esporte Clube, que apesar de estar na segunda divisão do campeonato goiano, possui grande influência e tradição, e só por isso mereceu ser a nossa matéria de inauguração do Blog!
E nesta entrevista (aqui chamada de Tiro Livre Direto) feita com o Assessor de Imprensa do clube, Cristiano Pádua, foram abordados alguns temas do presente, passado e futuro que você confere nas linhas abaixo:

Por João Messias Jr.

Um Dia Sem Rock: É um prazer conversarmos sobre um dos times mais influentes de Goiás! Como está a preparação e formação da equipe e quais os objetivos para esta temporada?
Cristiano Pádua: Nosso time é o mais tradicional do estado de Goiás e estamos passando por uma etapa de reestruturação, vamos disputar em junho o campeonato da divisão de acesso (segunda divisão) a preparação e contratações iniciarão em maio.

Um Dia Sem Rock: Além do profissional, vocês também trabalham pesado nas categorias de base. Quais os objetivos de manter esta categoria ao clube e se pensam através delas fazer parceria com clubes de outros estados, como Rio e São Paulo?
Cristiano Pádua: Trabalhamos com as seguintes categorias: Sub 15, Sub 16, Sub 18 e Sub 20, parcerias com outros centros é complicado, geralmente acontece o seguinte o jogador desses grandes centros não ter oportunidade de atuar pelo time principal é emprestado para adquirir experiência e jogar em times menores, As categorias de base do Goiânia Esporte Clube hoje é o nosso futuro!

Um Dia Sem Rock: O clube possui 14 títulos estaduais, e alguns deles contém histórias curiosas. Queria que comentasse algumas delas e o que é verdade e o que é boato.
Uniforme
Imagem extraída do site
Cristiano Pádua: Existem várias, a do último título, por exemplo, onde o juiz confundiu e terminou o jogo faltando 6 minutos para de fato terminar o jogo dentro dos 45 minutos regulares, o time adversário reclamou e o juiz tentou voltar atrás, mas já era tarde:  Goiânia campeão de 1974.

Dia Sem Rock: Pelo que eu estava lendo na história do clube, o maior rival do Goiânia é o Atlético Goianiense, que hoje é o clube do estado que melhor figura no Campeonato Brasileiro, estando na Série A e que este ano participará da Copa Sul Americana. Como é ver o rival neste momento de ascenção?
Cristiano Pádua: Serve de espelho, porque o Dragão estava em situação pior do que o Galo se encontra hoje e deu a volta por cima, através de uma Gestão eficiente que deu certo!

Um Dia Sem Rock: O Goiânia possui um dos uniformes mais bonitos do país, com listras verticais em branco e preto. E vocês permanecem até hoje com este padrão, numa época em que os clubes rompem com a tradição e mudam o formato e até as cores de suas roupas. O que acham disso e qual a preocupação de manter a tradição dos uniformes?
Cristiano Pádua: Hoje o futebol mexe com o torcedor de uma forma que todos querem possuir as camisas do seu time de coração, e por questão de marketing lança o terceiro uniforme, justamente para gerar novas receitas, acho válida a iniciativa, o Galo também lançou uma camisa comemorativa preto com dourado!

Um Dia Sem Rock: Como vocês vêem o futebol Goiano hoje em comparação aos grandes centros como Rio-SP-Minas?
Uniforme comemorativo
Imagem extraída do site
Cristiano Pádua: Nosso campeonato está muito bem organizado pelo FGF, porém em outras épocas já ajudou mais, os grandes centros conseguem lotar mais os estádios e trazer jogadores de renome, porém dificilmente uma equipe do interior tem chance de vencer o campeonato, diferentemente de campeonato goiano que teve como último campeão do interior o Itumbiara há dois anos.

Um Dia Sem Rock: Obrigado pela entrevista! Deixem uma mensagem aos leitores desta publicação!
Cristiano Pádua: Quero convidá-los para conhecer um pouco mais do Goiânia Esporte Clube viste o site e dizer que o Galo voltará a Elite do Futebol Goiano!
Abraços!